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Para administrar cidades poderosas: 7 Wonders

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Postado em: 22 de maio, 2019.    

Iniciar um grande empreendimento é tarefa difícil, imagine empreender uma das 7 maravilhas do mundo, durante três Eras distintas no decorrer de uma vida. Para ser bem-sucedido nessa empreitada, você precisa negociar matéria prima, construir ambientes e monumentos, participar de guildas (associações de comerciantes, armadores, artesãos etc.), e preparar-se para confrontos militares, que podem causar grandes prejuízos. No jogo 7 Wonders, você desenvolve uma visão geral de mercado, adquirindo habilidades de negociação, gerenciamento de recursos e construções, além de lidar com ameaças de exércitos vizinhos, decorrentes do final de cada Era.

 

7 Wonders tornou-se o primeiro jogo a ganhar o prêmio alemão “Kennerspiel des Jahres” e recebeu mais de 30 premiações em diversos outros países, desde que foi criado em 2010 por Antoine Bauza, com arte de Miguel Coimbra. Embora sua mecânica pareça complexa, é de fácil aprendizado, podendo ser jogado por 2 e até 7 jogadores, com partidas de 30 a 40 minutos cada.

 

Como se estruturam as partidas

 

Sua missão é soerguer e administrar uma das 7 maravilhas do mundo, que lhe é concedida aleatoriamente, fazendo-a crescer desde suas origens. Pode ser a Grande Pirâmide de Gizé, os Jardins Suspensos da Babilônia, a Estátua de Zeus, o Templo de Ártemis, o Mausoléu de Halicarnasso, o Colosso de Rhodes ou o Farol de Alexandria.
 
Em torno da cartela com uma dessas maravilhas, você vai organizar as cartas contendo os recursos de construção e manutenção, que serão adquiridos ao longo das rodadas, tais como, matérias-primas: madeira, pedra, minério e tijolo; produtos manufaturados: tear, vidraçaria e prensa; e mais: estruturas civis, científicas, comerciais, militares, e as guildas.  Nessa cartela já existe a indicação do primeiro recurso que você é capaz de produzir, além de receber três moedas iniciais.
 

 
Cada rodada tem início quando o primeiro jogador recebe sete cartas na mão, contendo vários recursos, estruturas ou guildas, conforme a Era em que se está.  Ele retira uma carta da sua escolha e repassa as restantes para o jogador ao seu lado – no final de cada Era, muda-se o sentido do repasse das cartas. Quando todos tiverem escolhido uma carta, podem executar as ações correspondentes: descartando-a para receber mais moedas de ouro, usando-a para evoluir a sua cidade ou utilizando-a na interação com outros jogadores que estão imediatamente ao seu lado, mediante pagamentos e obtenção de recursos.

 

Esse processo se repete na rodada, até que todas as outras seis cartas tenham sido escolhidas, configurando o fim de uma Era. Nesse momento haverá o confronto entre exércitos que estão imediatamente ao lado de cada jogador. Quem tiver mais ou menos escudos e armas nesse confronto de cartas, ganhará ou perderá pontos extras de acordo com a condição do seu conjunto militar.
 

 
A dinâmica e a versatilidade do jogo estão no fato de que certas cartas têm efeitos imediatos a serem aplicados, enquanto outras proporcionam bônus ou mesmo melhorias mais adiante. Podem ser descontos para compras, reforço militar para os confrontos ou ainda, pontos de vitória. Como você recebeu o conjunto de cartas na mão antes de repassar, pode tentar prever as escolhas de seus vizinhos e montar suas próprias estratégias de construção, administração e fortalecimento militar para o embate.

 

Estratégias para gerenciar o crescimento

 

Podemos perceber que o jogo simula, de fato, grandes empreendimentos de uma sociedade ou mesmo, o empreendimento da vida de uma pessoa. Nele desenvolve-se conhecimentos e princípios de economia, com uma visão geral do modelo de negócio; aprende-se a planejar e negociar recursos e construções, mediante situações adversas, riscos e desafios, além de concorrências e ameaças de ataques militares; enfim, tudo o que um mercado capitalista tem para oferecer, com suas oportunidades e perigos.

 

Como todo empreendimento, é preciso começar pela sedimentação dos recursos, produzindo-os ou os comprando. Você está iniciando sua empreitada, por isso é importante garantir que os recursos básicos estarão disponíveis, mas sem esquecer que pode se apropriar, desde então, de recursos manufaturados também. Entre suas estratégias podem estar a aquisição de recursos primários variados, para não faltar nenhum ou ainda, obter mais recursos de certo tipo, porque outros jogadores precisarão deles e negociarão com você.

 

As cartas da segunda Era, de construção da cidade, também não podem ser negligenciadas nessa fase, uma vez que uma delas permite a produção de vários recursos simultâneos. Ao mesmo tempo em que, desde a primeira Era é essencial adquirir cartas de exército, fortalecendo o conjunto militar – pode-se cuidar apenas da defesa, mas às vezes precisa-se vencer o confronto com um vizinho, para que ele não avance tanto e você ganhe pontos suficientes a uma vitória no final.

 

Há um jogo de cores de cartas a ser observado desde o princípio do empreendimento. Essas cores, marrom, amarelo, verde, azul, vermelho e roxo, indicam a importância das cartas para situações e Eras, e permite que você tenha o controle de descarte ou de retenção delas, no sentido de equilibrar a partida. Tanto as cores quanto os símbolos indicativos dos recursos, estruturas e ações que compõem o grande conjunto de quase 180 cartas, instigam o jogador a se preocupar com o papel delas no desenrolar das rodadas subsequentes.
 

 
Suas decisões e escolhas, assim como na vida e nos negócios, devem levar em conta um planejamento que se flexibiliza mediante os acontecimentos e as ações satisfatórias ou adversas. Você deve sempre procurar ter uma visão geral do jogo, como uma projeção de resultados possíveis e, a partir disso, tomar atitudes que viabilizam as melhores ações em cada momento.

 

Como é próprio dos jogos de tabuleiro moderno ou eurogames, nenhuma partida está perdida, mesmo que você se mantenha sempre atrás nas pontuações decorrentes de cada etapa. Se a sua estratégia permitiu que acumulasse silenciosamente algumas cartas mais poderosas para serem usadas de maneira certa em momento oportuno, pode virar o jogo na reta final: terminar uma construção de sua Maravilha que estava pendente, ganhar os confrontos finais com os exércitos vizinhos, formar guildas poderosas entre outras façanhas, são eventos que surpreendem e premiam os bons estrategistas.

 

E aqui vai um conselho valioso: diante da aparente complexidade de um jogo como 7 Wonders, procure conhecê-lo em suas diferentes dimensões. Não apenas a mecânica do jogo, com os valores simbólicos das cartas, o poder de suas ações, a jogabilidade permitida pelo conjunto delas; mas também, a concepção narrativa que dá vida ao jogo, procurando compreender a formação de tramas e artimanhas que compõe os enredos de ação de cada jogador. No momento em que você consegue conceber e processar mentalmente a trajetória possível de uma partida, terá maiores chances de ser bem-sucedido.

 

Observação: além do jogo tradicional, já existe disponível a expansão para apenas dois jogadores, chamada Duel, com partidas igualmente bem estruturadas.

 

Um jogo de: Antoine Bauza

Arte de: Miguel Coimbra

Editora Galápagos

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