Postado em: 13 de julho, 2020.
Uma antiga lenda africana conta que uma tribo caminhou muito tempo pelo deserto até chegar no litoral, à beira-mar. Recolheram muitos moluscos e depois fizeram a jornada de volta para sua aldeia. Durante a caminhada, faziam buracos na areia para armazenar as conchas. Dessa prática surgiu o jogo de conchas em buracos, considerado também, um dos mais antigos do mundo.
O jogo espalhou-se por praticamente toda a África e depois foi levado para outros países. Acabou sendo designado por muitos nomes, mas todos pertencentes à família Mancala, considerado o xadrez africano. Em diferentes países africanos o jogo é conhecido por nomes variados como: Gebeta (Etiópia), Wari, Oware, Omweso, Awel, Awelé; na Ásia seus nomes são: Sungka, Dakon e Congklak; nas Filipinas chama-se: Papandakon; no Sri Lanka denomina-se: Tchanka; na Síria tem o nome de Chouba e no Brasil: Mancala ou Caravana. Existem 200 regras diferentes, porém, uma Federação Internacional na África mantém regras fixas para torneios e campeonatos.
Mancala cavado no chão africano e um dos modelos populares do jogo.
Mancala em madeira, com cavidades nas extremidades para guardar as sementes que forem sendo capturadas.
Tabuleiros rústicos e sementes comuns são usados. À direita, uma versão do Mancala, com diferente configuração das casas.
Tabuleiro etíope escavado na pedra, do século VII e estatueta de jogadores de Mancala (autoria desconhecida).