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Ludoaprendizagens criativas

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Postado em: 1 de janeiro, 2020.    

Dinâmica dos jogos na superação das dificuldades de aprendizagem.

A perspectiva da filosofia dos jogos de tabuleiro provenientes de todas as épocas e culturas, aplicadas pedagogicamente pelo método da Ludosofia, permite duas abordagens essenciais dos desafios de aprendizagem e construção do conhecimento, por parte de crianças, adolescentes e universitários: a) o diagnóstico das deficiências e dificuldades pessoais diante dos conteúdos, didáticas e disciplinas; b) o desenvolvimento de atividades lúdicas apropriadas ao estímulo do raciocínio e da criatividade, necessários à elaboração de estratégias cognitivas de superação desses obstáculos, nos contextos educacional e profissional.

 

Método da Ludosofia na prática

 

Os jogos representam a essência da cultura humana pela sua analogia com a realidade, que se inicia quando as brincadeiras se transformam em atividades com regras e envolvem narrativas de compreensão do mundo. Nesse processo de socialização e convivência presencial, são vivenciadas simulações de competição e cooperação, cujas práticas envolvem, simultaneamente, o raciocínio lógico e a criatividade, bem como a ética e as virtudes de saber vencer ou tirar proveito dos pequenos fracassos.

 

Atividades das Ludoaprendizagens Neurocriativas

 

A aplicação dos jogos apresenta elementos motivadores de memorização, feedback, cálculos e criação, que estimulam as maneiras naturais de aprendizagem e construção do conhecimento, próprios dos estágios mentais da infância à vida adulta.

 

A proposta consiste em quatro estágios que, tanto podem acompanhar o crescimento cronológico dos alunos em diferentes séries, quanto ser aplicados a secundaristas e universitários, para que reordenem o processo de aprender a aprender, através de estratégias pessoais de cognição. Suas práticas podem ser desenvolvidas em oficinas independentes, mas que integram conteúdos umas das outras.

 

Estágio 1 – Diagnóstico das dificuldades e reorientação das aptidões pessoais

 

As dificuldades de aprendizagens que os alunos apresentam nas diferentes disciplinas em sala de aula podem ser percebidas e identificadas nas práticas dos jogos de tabuleiro. Através das dinâmicas de jogabilidade é possível perceber impropriedades de compreensão de narrativas e metáforas, de raciocínio lógico e matemático, de fluências na fala, leitura e escrita, bem como de sociabilidade e convivencialidade. Mas, também, permitem perceber e desenvolver as aptidões latentes que podem se tornar habilidades pessoais oportunas para superação dessas impropriedades.

 

Os jogos permitem: percepção topográfica e raciocínio; operações matemáticas e atividades linguísticas; operacionalidades com objetos, cores, formas, palavras e frases; psicomotricidade e compreensão de narrativas.

 

Estágio 2 – Aprimoramento mental do raciocínio e dos processos de criação

 

As atividades com jogos envolvem: o conhecimento e o relato de suas origens históricas, o teor das narrativas e metáforas que os compõem; o pensamento estruturado e o raciocínio matemático para entender suas jogabilidades. Ajudam a desenvolver habilidades psicomotoras e percepção estética das formas e linguagens, assim como, o uso da criatividade para buscar alternativas e solução de problemas. Nesse processo, os alunos aprendem a transferir esse conhecimento para as atividades escolares e para a realidade cotidiana, além de compreender os princípios da Ludosofia sobre ética e virtudes, espírito de equipe e socialização existentes nas práticas desses tipos de jogos.

 

Os jogos permitem: compreensão e domínio de narrativas; mecânicas e jogabilidades, processos algorítmicos, estética e design; desconstrução e construção do conhecimento.

 

Estágio 3 – Desenvolvimento de metodologias de estudo e expressão do saber

 

Na passagem da adolescência para a vida adulta, a diversidade de jogos contribui, principalmente, para o desenvolvimento de metodologias de estudo que permitem uma apropriação correta dos conhecimentos estudados, no colégio ou na universidade. Mesmo diante de temas difíceis, é possível desenvolver maneiras atraentes e divertidas de explorá-las e aprendê-las, a partir de recursos mentais próprios. Conhecer a versatilidade do seu cérebro e a dinâmica dos seus sentidos e emoções garante a abordagem certa e a incorporação do conteúdo de cada disciplina, proporcionando as melhores maneiras de expressá-las, tanto através das expressões orais quanto escritas em gêneros diversos.

 

Os jogos permitem: conhecer técnicas, métodos e metodologias de avaliação crítica; heurística para criar técnicas; percepção artística e visão sistêmica; táticas e estratégias de atuação e performance.

 

Estágio 4 – Percepção do pensamento estratégico e atitude empreendedora de vida

 

As pessoas que chegam à vida adulta, com uma base de pensamento estratégico consolidado aprende a ter atitudes empreendedoras para planejar e alcançar resultados satisfatórios naquilo que deseja ser e fazer. E a maioria dos jogos de tabuleiro requerem essa visão dinâmica diante dos desafios competitivos, auxiliando na gestão de recursos e de pessoas que participam de sua convivência, mediante liderança e espírito de equipe. A formação do pensamento estratégico requer o uso da razão e da criatividade, ou seja, tanto o sentido racional proveniente da teoria dos jogos, quanto a sensibilidade e a intuição humana para lidar com o outro e com o desconhecido.

 

Os jogos permitem: desenvolvimento do pensamento estratégico; empreendedorismo pessoal e coletivo; metodologias de estudo e expressão; gestão de processos e pessoas; conceitos de criatividade e inovação.

 

Metodologia de aplicação das práticas lúdicas

 

A aplicação das atividades se dá no modo de oficinas práticas em que os participantes atuam de forma participativa, na leitura e na escrita de textos sobre jogos; na explanação oral e explicação de suas compreensões sobre as jogabilidades; na confecção e elaboração dos jogos, envolvendo pesquisa e planejamento; no uso da matemática, das ciências, do raciocínio lógico e do pensamento algorítmico em situações de produção e jogabilidade; na criação e design de jogos, bem como na constante busca pela solução de problemas que se mostram nessas práticas.

 

Faz parte do processo, a compreensão das analogias e metáforas que os jogos proporcionam, com relação à realidade, bem como a convivência com a ética e as virtudes decorrentes da socialização.

 

Fundamentos psicopedagógicos das ludoaprendizagens

 

O que fundamenta uma compreensão psicopedagógica do desenvolvimento dos alunos são aspectos essenciais a considerar: aprendizagem, atitudes estratégicas, genética.

 

Aprendizagem: somente entender a aula é insuficiente para aprender. Por isso a aprendizagem consiste na utilização adequada do conhecimento à experiência. Esse processo estará completo se o aluno compreender como funciona à realidade em que vive, tornando-se mais eficiente e sabendo se adaptar continuamente às exigências do entorno. O uso dos jogos certos proporciona a vivência e simulação de situações reais, com envolvimento emocional para situações de desafio e risco.

 

Estratégias: por que alguns alunos se saem tão bem em certos processos de aprendizagem, mesmo tendo formação igual aos demais? Geralmente porque desenvolvem estratégias próprias de apropriação e construção do conhecimento; utilizam naturalmente técnicas de memorização, fazem esquemas e mapas mentais simples, buscam abordagem mais atraentes para os conteúdos disciplinares. São esses recursos que os jogos permitem exercitar a partir de narrativas e enredos divertidos.

 

Genética: não é propriamente a genética que garante um aluno ser bem-sucedido na escola e na vida. O que ela permite é o surgimento de perfis de aprendizagem, proporcionando maior sensibilidade aos estímulos sensoriais: visão, tato, audição, olfato e paladar; e podem estabelecer predominância natural de um hemisfério ou de outro. Sair-se bem depende de como essas aptidões genéticas são percebidas, para serem exploradas, estimuladas e desenvolvidas pelos alunos, com aplicação das estratégias certas. Através dos jogos, cada um percebe quais são suas habilidades pessoais, como sua mente costuma obter melhores resultados.

 

Fatores que influenciam diretamente nos processos de aprendizagem

 

Sabemos comprovadamente quais são os fatores que mais influenciam os alunos a aprenderem de forma proveitosa aquilo de que necessitam em suas vidas. São domínios que estão diretamente ligados aos fatores da motivação, das emoções, da memória, do significado, do modo pessoal de fazer (modus faciendi), e do lidar com o erro.

 

Memória: muito se reclama da memorização mecânica na escola, mas pouco se ensina sobre a dinâmica, os recursos mnemônicos e as estratégias de memorização necessários ao aprendizado que integra teoria e prática do conhecimento. Tão importante quanto a motivação e as emoções, a memória requer um uso multissensorial do corpo e da mente. O aprendizado torna-se mais efetivo quando lemos em silêncio e em voz alta, escrevemos, desenhamos, cantamos, interpretamos, ensinamos etc. Em todos os jogos, a nossa memória é provocada em sua forma mais versátil, procurando padrões e associações para alcançar resultados.

 

Não é nenhum sacrifício ter que memorizar dezenas de pormenores, quando integrados à alegria de embarcar em aventuras de aprendizados dos jogos de tabuleiro moderno.

 

Motivação: é um fator dos mais importantes em qualquer idade e estágio de vida. A partir dela o aluno sente necessidade de mobilizar recursos cognitivos produtivos, que permitem maior atenção e concentração, enfrentando as repetições e os sacrifícios com dedicação e alegria. Os jogos trazem consigo os elementos motivacionais que instigam o aprendizado de processos complexos, com repetição e memorização que, quando são impostos de forma obrigatória em sala de aula, tornam-se tediosos e improdutivos. A motivação vem dos sentimentos comuns e das emoções que fomentam as energias de prazer e alegria para a realização de tarefas e atividades.

 

Emoções: os estudos neurocientíficos já demonstraram que as aprendizagens humanas estão diretamente ligadas às emoções. Dos sentimentos mais simples de humor, bem-estar, alegria, às emoções mais fortes, surgem a paixão por aprender e se desenvolver pelo talento que se constrói cotidianamente. Nesse contexto é preciso perceber que as paixões surgem de forma diferente em cada aluno, pelas suas variadas maneiras de ver o mundo e sentir prazer naquilo que realiza. E os jogos provocam essas sensações de bem-estar e alegria, ao mesmo tempo em que proporcionam emoções díspares, de vitórias e de derrotas. São essenciais para que os alunos percebam como essas formas de energia surgem em seu íntimo e de que maneira podem ser administradas, canalizadas e aproveitadas.

 

Admitir o fracasso, mas perceber que os sentimentos podem ajudar a recompor os fatos, aprender as lições e “dar a volta por cima”, ajuda na normalização das emoções em momentos de tensão e medo de errar.

 

Aprender com o erro: são poucos os alunos que percebem que a vida é cheia de pequenos erros, desde quando começamos a andar e a falar. E o quanto eles são essenciais a um aprendizado mais completo. Os fracassos servem de aprimoramento para o acerto e, consequentemente, para serem bem-sucedidos. Os alunos que aprendem a reagir adequadamente aos erros, melhoram sua autoestima, alimentando uma mente que se mantém em constante busca de superação. É importante conhecer os tipos de erros possíveis: de informação, de processamento, de comportamento para que recebam a atenção apropriada.

 

O jogo é um ambiente propício em que, ora se ganha, ora se aprende. Nele, quando o aluno fica insatisfeito por não ter conseguido o resultado esperado, pode desenvolver novas estratégias para as próximas partidas e com isso, desafia-se à superação. E jogar com diferentes parceiros ou oponentes ajuda a perceber quão diferentes são as pessoas, com suas formas variados de ver o mundo.

 

Reconhecimento das dificuldades de aprendizagem

 

Algumas dificuldades de aprendizagem, identificadas como distúrbios, necessitam sempre do auxílio de profissionais especializados. Porém, na maioria dos casos, não são propriamente distúrbios, mas dificuldades provenientes de não adaptação aos métodos pedagógicos da escola, ou por não ter havido estímulos suficientes no ambiente social e familiar. Estes alunos podem começar a desenvolver suas próprias estratégias de compreensão e superação de suas dificuldades, associando as atividades com jogos às exigências do cotidiano. Esse processo ajudará na prevenção e enfrentamento de problemas de aprendizagem no futuro.

 

Diante da identificação das dificuldades de aprendizagem, é importante que os próprios alunos descubram maneiras de enfrentamento e criem estratégias para lidar com eles. A partir de posturas e procedimentos apropriados os alunos aprendem a conviver com essas dificuldades, conseguindo resultados melhores.

Quando as dificuldades permanecem, como indício de distúrbios, faz-se necessário o encaminhamento para profissionais das área. Mas, é necessário que pais e professores saibam que tipos de distúrbios são esses para poderem acionar a ajuda apropriada. Os principais distúrbios de aprendizagem são:

 

Dislexia: distúrbio de leitura que atrapalha no reconhecimento e na compreensão dos textos escritos.

 

Disgrafia: dificuldade de escrita e de grafia.

 

Disortografia: distúrbio também de escrita que atrapalha na codificação e composição.

 

Discalculia: dificuldade própria da aritmética que impede a noção do sentido dos números, resolução de problemas, operações de cálculo.

 

Atividades com os jogos e habilidades envolvidas

 

  1. Práticas com jogos existentes: leitura e compreensão das narrativas e das regras; organização dos tabuleiros e peças; compreensão das narrativas com suas ilustrações e ícones gráficos; reconhecimento das ações, cálculos e lógica dos jogos; desenvolvimento de estratégias diante dos objetivos da partida; saber reconhecer vitória e derrota; percepção de analogias e metáforas com a vida real.

 

  1. Confecção de jogos catalogados: pesquisa histórica sobre os jogos, suas épocas e culturas; recuperação das regras e recomposição escrita delas; apresentação da ideia estrutural do jogo para os demais; confecção das partes, tais como design dos tabuleiros e peças, com uso de canetas, réguas, pincéis e tintas; compreensão do funcionamento das regras com pensamento algorítmico, lógica e raciocínio estratégico; jogabilidade e verificação das narrativas e analogias com a realidade.

 

  1. Criação e recriação de jogos novos: a partir de jogos existentes, recriar jogos novos por analogia; criar narrativas que possam ser transformadas em jogos de tabuleiro; escrever enredos e tramas de forma esquemática; desenvolver as regras, escrevendo suas etapas algorítmicas; projetar e desenhar o jogo em forma de esboços de tabuleiros e de fichas; demonstrar a funcionalidade das regras e jogar para conferir a operacionalidade do jogo; discutir sobre melhorias e os benefícios metafóricos da atividade.

 

Técnicas envolvidas: origami, desenho e pintura, projetos de design, bricolagem, mapas mentais, esquemas e protótipos em maquetes; estruturas com massinhas, fotos e impressões, escrita criativa.

 

Materiais usados: madeira, papel, papelão, plástico, couro, pano e descartes como tampinhas, garrafas pet etc., com uso de instrumentos escolares.

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