Postado em: 11 de novembro, 2020.
Um tabuleiro de Pentalpha foi encontrado numa gravura em rocha no templo de Kurna, no Egito, datada de 1.700 a. C. Passados mais de 3 mil anos, continua sendo um jogo muito popular na ilha de Creta, no Mar Mediterrâneo. O nome é originário das palavras gregas “pent”, que significa “cinco” e “alpha”, a primeira letra do alfabeto. Seu tabuleiro em forma de pentagrama foi considerado um símbolo místico pelos alquimistas, cujas pontas representavam os elementos de origem do universo: terra, água, fogo e espírito.
Trata-se de um jogo solitário que desafia o jogador a inserir 9 peças nas 10 interseções da estrela de cinco pontas, seguindo determinadas regras que validam a façanha: cada peça entra em uma primeira casa vazia, passa por uma segunda e para na terceira, que também deve estar desocupada.
As estratégias de solução do jogo Pentalpha são usadas na matemática, aplicadas à Teoria dos Grafos, famosa no estudo iniciado pelo matemático suíço Euler. Em 1736, a cidade Königsberg, antiga Prússia, cortada pelo rio Pregel tinha duas ilhas interligadas às margens por pontes e se discutia muito se era possível alguém sair e entrar nas ilhas pelas 7 pontes, sem repetir nenhuma delas. A solução de Euler sobre a impossibilidade da façanha foi possível com a criação do primeiro grafo da história.
O Pentalpha deu origem a um jogo mais complexo, chamado Heptalpha, cujo tabuleiro é uma estrela de 7 pontas, sobre o qual devem ser inseridas 20 peças ao invés de 9, seguindo as mesmas regras. Conheça e baixe o Heptalpha clicando AQUI!
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