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A força das estratégias nas rotas de Marco Polo

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Postado em: 9 de abril, 2019.    

Ao desenvolver estratégias de comercialização, através das rotas trilhadas por Marco Polo para o extremo oriente, durante a século XIII, percebemos importantes dimensões de empreendedorismo.

O jogo de tabuleiro, As viagens de Marco Polo tem como pano de fundo as aventuras desse lendário comerciante e explorador natural de Veneza, iniciada em 1271, que se estendeu, através da Roda da Seda, saindo da Itália, atravessando a Ásia, para chegar ao território chinês do famoso imperador mongol Kublai Khan.

A jornada começa no momento em que cada jogador escolhe um personagem para representa-lo como mercador e aventureiro, atentando para as capacidades pessoais que este pode desenvolver durante o jogo. Entre esses personagens estão, por exemplo, Matteo Polo, tio de Marco Polo e Berke Khan, filho mais velho de Gengis Khan. Cada um recebe cinco dados referentes à sua cor, um punhado de moedas, dois camelos, duas cartas de objetivos e um contrato inicial para cumprir, podendo trocá-lo por outros mais favoráveis.

Mediante essas condições, o jogador precisa estabelecer um plano de ação, a partir de uma estratégia inicialmente definida, mesmo que tenha de muda-la ou criar outras no decorrer do jogo. Isso ocorre porque a partida se desenrola em cinco turnos, permitindo que, em cada um deles, os jogadores possam lançar seus dados para escolher uma das ações a executar.



As variações são diversas inicialmente porque os jogadores podem realizar, de cada vez, uma ação entre as seis disponíveis, colocando seus dados no lugar de seu interesse. Ou seja, é preciso optar entre pegar moedas para se capitalizar, seguir ao bazar e obter mercadorias, angariar a boa vontade de Kublai Khan para ter ouro ou camelos, requisitar um contrato de negócio, iniciar ou continuar a viagem, e ainda, realizar uma ação proveitosa de uma carta de cidade, colocando ali um posto de troca.

Reconhecemos a dinâmica dessa aventura de Marco Polo quando sabemos que somente sua viagem de ida até Beijing, na China, durou em torno de quatro anos, onde permaneceu com seu pai, Nicólo e seu tio, Matteo por 16 anos, na Corte de Kublai Khan. O retorno à Itália demorou de 1291 a 1295.

As lições de empreendedorismo que este jogo proporciona tem sua maior importância nas estratégias que o jogador adota para marcar pontos ao longo da partida. Isso é possível pela comercialização de especiarias que se consegue com o fechamento de contratos, além do uso de cartas de objetivo. Estas garantem pontos referentes às viagens do jogador e seu personagem. Mas, existem pontuações extras através de outras façanhas, tais como: chegar à cidade de Beijing, trocar especiarias por pontos em cartas da cidade, construir postos de troca e, inclusive, fechar um maior número de contratos do que os demais participantes da partida.

Um jogo como Marco Polo torna-se versátil com a prática de várias partidas, em que o jogador aprende a definir estratégias desde o primeiro momento do jogo. Isso porque percebe certas vantagens em ser o primeiro ou ser o último jogador, bem como, que os camelos são um dos principais recursos do jogo, uma vez que permitem travessias entre lugares importantes que o levem mais facilmente a Beijing. Uma rota para esta cidade pode ser mais longa, saindo de Veneza e passando por lugares como Alexandria, Adana, Kochi, Xian; ou pode ser mais curta, se for por Moscou, Anxi, Karakorum. Tudo depende dos recursos adquiridos e da estratégia de jogo.



Na medida em que o jogo se desenrola, o jogador vai percebendo vantagens, bônus e facilidades de seguir um caminho e não outro, de obter determinados contratos e conquistas nas cidades. Isso exige pensamento estratégico em sua essência, permitindo que os participantes vivenciem uma prazerosa e às vezes, tensa aventura, para perceberem que o empreendedorismo é feito de escolhas certas e erradas, perdas e ganhos, fracassos e vitórias.

Pensar nas escolhas sob pressão, enfrentar oponentes mais experientes, encontrar alternativas que levem às viradas de jogo depende da ousadia e coragem para enfrentar riscos: é o que as analogias do jogo As viagens de Marco Polo podem oferecer de proveitoso a quem se aventura pelo seu belo tabuleiro.
 
Jogo da Editora DEVIR. Criação: Daniele Tascini. Arte: Dennis Lohause

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