Ludosofia

×
Home Quem somos Ludoaprendizagens Ludoarqueologia Artigos Científicos Ludonarrativas Ludoestratégias Ludicidades NCJog Contato
☰
  • Home
  • Quem Somos
  • Ludonarrativas Ludoestratégias NCJog Ludicidades
  • Ludoaprendizagens Ludoarqueologia Artigos Científicos Ludicidades
  • Contato

Liderar uma missão requer perspicácia: The resistance

alcool et augmentin €47.09




Postado em: 2 de setembro, 2018.    

Entre os diversos desafios de empreender, a gestão de pessoas é dos mais difíceis. Organizar equipes e planejar tarefas é uma habilidade que pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso de um empreendimento. E esta atividade é bastante experimentada em The Resistance*, um jogo de tabuleiro no qual a percepção pessoal, a intuição e a perspicácia são fundamentais para quem quer aprender a liderar.
 
Descobrindo em quem confiar

 

Trata-se de um jogo em que os integrantes são levados para um futuro distópico, no qual a sociedade é controlada por um governo tirânico. O jogador pode incorporar o papel de um membro da resistência, que busca depor o governo por meio de missões planejadas ou vestir a pele de um espião do governo, cujo objetivo é sabotar as missões da resistência de dentro para fora.

 

Logo no início são distribuídas aleatoriamente fichas de personagens para todos os jogadores. Ao revelar a ficha somente para si mesmo, cada um fica sabendo se é um membro da Resistência ou se é um espião do governo.  Estes últimos são sempre em menor número do que os componentes da resistência. Um detalhe importante é que, a cada rodada, todos os jogadores fecham os olhos e em seguida somente os espiões abrem os seus – desse modo, os poucos espiões já se identificam entre si, mas ninguém mais fica sabendo quem são eles.

 

Uma partida completa é composta por várias rodadas, na qual cada um poderá ser líder da missão e os papéis entre resistentes e espiões mudam. As rodadas são compostas por duas fases: construção da equipe e desenrolar da missão. Escolhido o líder de forma aleatória, este indica sua equipe, porém todos os jogadores vão votar se aprovam ou não os indicados. Se a equipe for rejeitada, a indicação de líder passa para o jogador da direita e este faz nova escolha de participantes. Essas votações já podem dar informações sobre quem está tomando posição nas votações, levantando suspeitas ou certezas.

 

O jogo começa e, de um total de cinco missões, os resistentes precisam obter sucesso em três, oportunidade em que o líder conseguiu perceber em tempo quem eram os sabotadores. Por sua vez, a missão terá fracassado se três delas forem sabotadas pelos espiões.

 

 

Como ocorre em muitas ações de um empreendimento, um coordenador lidera um grupo de funcionários. São eles quem vão, secretamente com uso de cartas, dar curso à empreitada, de modo que, nem sempre um espião vota imediatamente no fracasso da missão; ele espera um momento oportuno de jogar sua carta de sabotagem. Nesse contexto, um aspecto estabelece um clima de tensão entre os participantes: todos podem falar, inclusive tentando alertar o líder sobre a possível presença de um espião ou desviando a atenção de si mesmo a fim de não ser descoberto. É uma disputa verbal e cabe ao líder analisar as falas e os comportamentos, estando cara a cara com os participantes.

 

The resistance e a gestão de equipes

 

Situações como estas ocorrem, principalmente em organizações de médio e grande porte, cujas diferenças individuais, disputas de poder, busca por afirmação pessoal e profissional faz com que muitos funcionários comportem-se anonimamente como sabotadores. A natureza humana traz consigo suas próprias contradições e cabe a um líder experiente saber lidar com essas idiossincrasias dentro do seu grupo, sob pena de fracassar na condução de atividades importantes ou complexas.

 

O jogo proporciona um bom exercício de gestão e resulta em lições significativas para todos aqueles que se propõem a ser líderes de equipes ou gestores de pessoas, porque permite observar o comportamento humano em situações de conflito. Exige auto avaliação sobre a capacidade de analisar informações verbais e comportamentais para tomar decisões críticas no sentido de fazer a missão seguir adiante.

 

Mas, a estratégia mais importante de um bom líder de missão é conquistar a confiança dos integrantes da resistência, declarando o que pretende fazer, como deverá conduzir suas ações. Assim como, o papel dos demais integrantes da resistência deve ser o de entrar nas missões, não deixar que suspeitos de serem espiões componham a equipe, votando contra a escolha deles. O líder sempre pode fazer perguntas a cada membro de sua equipe, para avaliar suas respostas e tomar suas decisões.

 

Ressalte-se que, mesmo em se tratando de um jogo, este simula muito bem os climas de confiança e desconfiança entre pessoas de um grupo. Permite a percepção de olhares e gestos que denunciam suspeitas ou que confirmam nossas crenças. É no calor do jogo que adquirimos experiência essencial para lidar com essas mesmas situações na vida real.

 

* Galápagos. Criação: Don Eskridge.

Ludoestratégias

Pensamento estratégico e gestão de recursos no jogo de tabuleiro Catan

Gestão de pessoas e recursos com jogos de tabuleiro nas empresas

A complexidade competitiva de Cyclades em um modelo de gestão de riscos e erros

Strategic gaming: de jogo à gestão empreendedora

Lusitânia: gestão estratégica para compor exército romano

Alhambra diverte e ensina gestão empreendedora

Pensamento estratégico nos jogos antigos e modernos

Pandemic: somente em equipe pode-se salvar a humanidade

Hive: a divertida essência do pensamento estratégico

Mysterium: gestão de ideias para salvar um fantasma

As artimanhas estratégicas de Colt Express

Para administrar cidades poderosas: 7 Wonders

O caminho da boa estratégia em Tokaido

Cooperação estratégica para não morrer: The Grizzled

A força das estratégias nas rotas de Marco Polo

Estratégias de poder e riqueza em Rajas of the Ganges

A ilha proibida: para vencer é preciso tornar-se uma equipe

Um jogo para lidar com os riscos do suborno

Liderar uma missão requer perspicácia: The resistance

A “visão” de um empreendedor depende da percepção dos fluxos: Tsuro

Colonizadores de Catan e o desafio de empreender


Ludonarrativas

Ludoestratégias

Artigos Científicos

Ludoaprendizagens

Ludoarqueologia

Ludicidades

Núcleo de Criação de Jogos (NCJog)


Revista Científica
Revista Temática

artesejogos.com.br
Ludosofia.com.br © Copyright 2019 - Todos os direitos reservados