Postado em: 9 de julho, 2019.
Os jogos conseguem espelhar a própria vida dos jogadores em um ambiente de simulação, afirma Rodrigo Abrantes, complementando que, “…podem ser a descoberta civilizacional capaz de nos devolver uma antiga sabedoria esquecida desde o nosso antigo estado tribal. E ser a chave para uma possível harmonia com a natureza, harmonia com outros seres humanos e harmonia com o nosso universo interior”.
Autor do livro, A jogada: sabedoria dos jogos para jovens visionários, Rodrigo é administrador e entusiasta da ideia de gamificação da cultura de escritório. E a obra apresenta suas ideias referentes a um bem desenvolvido sistema de empreendimento pessoal e profissional, baseado em conhecimentos provenientes de áreas diversas, como física quântica, teoria dos jogos, economia entre outras, tendo como matriz filosófica a essência dos jogos.
Capa da edição como livro digital
Nenhum assunto moderno, diz Rodrigo, tem causado tanta convergência quanto os jogos, porque nenhuma delas concentra tantas respostas para os desafios do atual momento histórico em que vivemos. Isso implica retomarmos algo que se perdeu no tempo: “Por isso, aprender e compreender sobre jogos é estrategicamente importante para o nosso futuro. Mas ainda mais prioritário é redescobrirmos a arte de brincar, lentamente perdida com a introdução da criança na vida adulta. Brincar é, por natureza, o primeiro propósito de um jogo, assim como o principal desejo da mãe natureza para seus filhos. Pois brincar é gozar plenamente a vida”.
O livro segue em sua contribuição sobre o crescimento e o desenvolvimento que podemos alcançar, a partir da ideia de espelhamento dos jogos com nossas vidas. Mas, vale ressaltar aqui, alguns aspectos reveladores dessa condição do jogo, de portador de sabedorias universais, impregnadas em nossas representações pessoais e coletivas.
Para Rodrigo, um jogo é um universo “imaginário” com fronteiras de tempo e espaço definidos, habitado por inúmeros elementos simbólicos, cheio de interações com o mundo real. “Utilizei os termos ‘imaginário’ e ‘real’ apenas como facilitadores da comunicação. Pois, para a física quântica, não há argumento científico que prove que o universo do jogo é menos real que o universo em que você vive. O universo dito ‘imaginário’ do jogo pode ser muito mais revelador e transmitir muito mais realidade e sentido ao jogador”.
Isso, esclarece Rodrigo, é outra maneira de expressar a mesma realidade: “O universo paralelo do jogo é sempre um reflexo do universo do jogador. A essa propriedade chamamos de espelhamento. A realidade do espelhamento faz com que ambos universos sejam reais, pois as possibilidades do jogo são sempre um reflexo das escolhas feitas pelos seus jogadores”.
O livro tem uma segunda edição possível de ser encontrada na Amazon, no formato de ebook e com certeza já entrou para os compêndios de estudos importantes sobre os jogos numa perspectiva bastante original, aplicada ao empreendedorismo pessoal.
Editora BestSeller/2014