Postado em: 13 de março, 2020.
A prática de jogos de cartas ou tabuleiro propiciam mais que diversão e encontro presencial. Também está associada ao desenvolvimento humano, de forma educativa e terapêutica, é o que aponta recente matéria do Portal Estado de Minas e que traz os depoimentos da psicanalista e diretora da Analizzare – Centro de Desenvolvimento Humano; Rosiane Claudia da Silva e do psicanalista Guilherme Gonser, este último possui experiência no uso de xadrez com os seus pacientes.
A psicanalista Rosiane explica que os jogos contribuem para o amadurecimento e auxiliam os pacientes a lidarem com realizações e frustrações: “Através dos jogos, introduzimos ou evoluímos na capacidade de lidar com regras, desenvolver planos e estratégias, trabalhando a percepção e o raciocínio lógico, bem como o amadurecimento para lidar com realizações e frustrações, com o ganhar ou perder”.
De acordo com a notícia, os jogos são um dos recursos utilizados por profissionais da psicologia e outras áreas como ferramenta para o desenvolvimento humano. Para Rosiane, esse método é eficiente na melhoria dos sintomas de ataques de pânico. Em pacientes com déficit de atenção, hiperatividade e doença de Alzheimeir, a capacidade de concentração e memória são bem trabalhadas.
Além disso, jogar pode ajudar o paciente a lidar com a depressão, a ansiedade, o estresse e mesmo o cansaço e a fadiga do dia a dia. “Pode combater a demência, ajudar a treinar o cérebro para determinados tipos de desafios e facilitar os relacionamentos interpessoais”, afirma a Diretora da Analizzare.
Segundo a reportagem, a psicanálise utiliza os jogos de tabuleiro como forma de fortalecer o processo de identificação inconsciente do paciente para com seu psicanalista, associando a memória afetiva, e na interpretação de sua resistência, por meio dos mecanismos de defesa utilizados. Para o psicanalista Guilherme Gonser, em sua experiência com a associação do uso do xadrez na psicanálise, a prática auxilia na percepção de características afetivas. “Nos primeiros movimentos do jogo, já é possível perceber como o paciente lida com frustrações, o quanto planeja suas ações, se é cauteloso, agressivo, defensivo, descuidado. E a forma como compete denota como o paciente vai apresentar resistência”, explica.
Gonser esclarece, ainda, que fez uso dessa técnica em pacientes de diversas idades e em todos os casos houve aceitação, além de resultados positivos. “A minha experiência demonstrou que não houve variação quanto à eficiência do método no que tange às faixas etárias”, afirma. Quanto ao uso dessa técnica, o psicanalista diz não haver restrições.
Confira a matéria na íntegra no link abaixo:
https://www.em.com.br/app/noticia/bem-viver/2020/02/19/interna_bem_viver,1121873/como-jogos-de-tabuleiro-e-cartas-ajudam-no-tratamento-de-disturbios-em.shtml