Postado em: 11 de junho, 2020.
O isolamento das famílias na Pandemia vem se mostrando propício para o consumo de jogos de tabuleiro, segundo reportagem do jornal A voz da Serra, de Nova Friburgo/RJ. E isso é uma boa notícia para a saúde mental da população. As pessoas buscam por atividades de maior interação em seus lares e descobrem, no jogo, não apenas um ambiente de convivencialidade, mas também de exercícios cognitivos que estimulam a inteligência e previnem doenças mentais, como comprovam as pesquisas nessa última década.
Jogar é um importante treino mental, disse o professor Giuseppe Alfredo Iannoccari, presidente da Assomensana – Associação para o Desenvolvimento e Potencialidade das Habilidades Mentais, da Itália, na matéria do referido jornal: “Os jogos de mesa, incluindo os de baralho, com mais de dois jogadores, enriquecem as redes neurais, ou seja, as ligações entre as células, e estimulam os neurônios a fazer contato uns com os outros, aumentando importantes ‘reservas’ do cérebro”.
Sobre as pesquisas na área, conforme ainda o professor italiano, um estudo recente feito pelo Instituto Max Planck, de Berlim, comprovou a maneira como o jogo aumenta a capacidade de planejamento, a memória, a atenção e o raciocínio. E isso corrobora um estudo feito em 2014 pela própria Assomensana, que revelou os benefícios dos jogos de tabuleiro para a atividade cerebral. “Os jogos de mesa, incluindo os de baralho, mas com mais de dois jogadores, enriquecem as redes neurais, ou seja, as ligações entre as células, e estimulam os neurônios a fazer contato uns com os outros, aumentando importantes ‘reservas’ do cérebro” – arrematou Giuseppe.
Conforme os jogos de tabuleiro evoluíram, constatamos que algumas editoras se interessaram em inserir cada vez mais novos títulos no Brasil. O resultado disso é o consumo de jogos de forma crescente nas famílias e nos grupos de amigos. De acordo ainda com o portal de A Voz da Serra, pelos dados da Pesquisa Game Brasil 2019, o número de pessoas que jogam com os conhecidos “boardgames” vêm cada vez mais se equiparando com os que jogam os tradicionais jogos de cartas. Este fato justifica o crescimento da indústria de jogos de tabuleiro, que cresceu cerca de 7,5% nos últimos anos, conforme a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq).
La Granja e Catan: jogos que usam cartas e estimulam nossos neurônios
Todavia, mesmo sendo muito atraentes, os preços dos jogos modernos são a principal barreira atual. Com alguns títulos custando mais de R$ 200,00, eles acabam se tornando inacessíveis para grande parte da população. Uma diminuição dos preços poderia atrair novos jogadores para os boardgames, já que os jogos mais baratos chegam a ser mais populares entre os interessados.
É importante lembrar também que estes jogos possuem um excelente fator de convivência social saudável e produtiva. Muitos estudos comprovam que pessoas que possuem uma efetiva rede social apresentam funções cognitivas mais ativas. Manter seu grupo de amigos e familiares nas reuniões cotidianas em torno do tabuleiro pode ajudar até a prevenir doenças neurodegenerativas e demências, como o Alzheimer, de acordo com notícia do Portal inglês Express, já publicada aqui em Ludosofia. Por isso, o uso dos jogos aumenta anualmente. Então, estamos na época ideal para juntar a família na mesa da sala e exercitar o cérebro com os jogos de tabuleiro modernos.
Confira a reportagem em: A voz da Serra