Ludosofia

×
Home Quem somos Ludoaprendizagens Ludoarqueologia Artigos Científicos Ludonarrativas Ludoestratégias Ludicidades NCJog Contato
☰
  • Home
  • Quem Somos
  • Ludonarrativas Ludoestratégias NCJog Ludicidades
  • Ludoaprendizagens Ludoarqueologia Artigos Científicos Ludicidades
  • Contato

Professora recria Jogo de heróis negros contra racismo

augmentin sirop €101.07




Postado em: 2 de janeiro, 2020.    

Professora de Escola Pública transforma brincadeira antiga de cartas em jogo educativo com heróis negros brasileiros, para alunos aprenderem sobre cultura afro, se divertindo. Perla Santos, educadora da rede municipal de Porto Alegre teve a ideia de promover a consciência de igualdade com personagens negros nacionais, depois de perceber que esse jogo trazia apenas heróis e heroínas fictícios dos quadrinhos estrangeiros. A iniciativa extrapolou o jogo, permitiu a criação de um movimento, a partir do qual a professora foi premiada.

 

A matéria de Ariane Silva publicada no blog Mulherias, que integra a rede de comunicação Uol, revela que a professora Perla, de uma escola da periferia de Restinga/RS, utilizou-se da antiga brincadeira de Bafo ou Jogo do Bafo, para recompor a história dos negros no Brasil. O Bafo é um jogo no qual os jogadores disputam as cartas, batendo com a palma da mão sobre elas na intenção de virá-las, para marcar pontos.
 

Professora Perla mostra as cartas do Jogo do Bafo com heróis negros
 
De acordo com a notícia do referido Blog, a professora Perla notou que os alunos dos 1º e 2º anos da EMEF Mario Quintana, reuniam-se constantemente nos intervalos, para brincarem de bater cartinhas, nesse jogo, popularmente chamado de Bafo. Porém, os personagens eram os mesmos presentes no universo de games e desenhos, com habilidades que passam longe das possibilidades humanas. “São figuras muito distantes da realidade deles. Eles não precisam abandonar suas cartas, o importante é a partir desse jogo feito por eles, que conheçam e se identifiquem com a história negra, que é ainda muito ausente nos bancos escolares”, explica a professora Perla.

 

Uma observação importante é que os alunos também participaram da criação do novo jogo. Conforme a matéria, os estudantes foram responsáveis por ensinar as regras e já possuíam a habilidade de “bater cartinhas”; a educadora contribuiu na escolha dos personagens e escrevendo a minibiografia que estaria presente em cada carta. Todos se reuniram para recortar e pintar as novas peças do baralho, segundo a professora, que complementa: “Foi o momento em que pude explicar pra eles sobre as personalidades brasileiras presentes ali. E eles me ensinaram tudo sobre a brincadeira. A troca é essencial porque inverte a lógica de que só o professor detém conhecimento”.
 

Detalhe de uma carta e confecção do jogo por aluno

 

Autoestima de super-herói

 

O relato de Ariane Silva traz um apanhado sobre as questões que envolvem o ensino de história e cultura Afro-brasileira e indígena e destacado pela professora: desde 2003, é estabelecido por lei nas diretrizes e bases da educação nacional que livros didáticos e atividades em sala de aula abordam a História e Cultura Afro-brasileira e indígena. “A obrigatoriedade existe nas formas das leis 10.639 de 2003 e 11.645 de 2008, mas as escolas ainda estão longe de incorporar essas narrativas no dia a dia dos estudantes”, diz a professora Perla, ressaltando, ainda, que isso impacta diretamente na maneira como as crianças, a família e toda a comunidade escolar lidam com a questão racial.

 

A educadora revela que, assim que chegou à Restinga percebeu o quanto o racismo estava presente dentro da escola. “Me lembro que precisei ajudar a tirar uma aluna da sala de aula porque ela estava muito nervosa, gritando e, enquanto conversávamos, ela me disse que há dois anos, todos os dias, um aluno debochava da sua cor de pele e cabelo, e que ela havia perdido a paciência naquele dia. Lembro de ela me olhar e concluir: ‘depois de tudo isso, quem foi expulsa da sala? Eu!'”, relata.

 

Iniciativas como a de Perla e de outros professores ajudam a romper com o silêncio em torno do racismo. “Eu sou de uma geração que enfrentava calada, eu não tinha coragem de falar nem para os professores nem para minha família. Sei o quanto isso foi perverso e me prejudicou. E o quanto eu tive que lutar pra me tornar uma mulher negra consciente da minha raça”, desabafa.

 

E o trabalho da educadora por igualdade vai além do jogo das cartinhas. Perla e um grupo de mães criaram juntas o Movimento Meninas Crespas, do qual ela é coordenadora, e que também rendeu o título de uma das cinco mulheres que fazem a diferença no Brasil, premiação do grupo O Boticário. Hoje, o Meninas Crespas da Restinga existe para além dos muros escolares e trabalha em prol da valorização da cultura, estética e história negra. “Estamos construindo uma biblioteca comunitária afro centrada para a comunidade, nosso acervo já tem cerca de 100 livros. Além disso, damos aula de dança, poesia e Iorubá, idioma nigero-congolês”.

 

Como funciona o jogo

 

A jogabilidade usa exatamente a mecânica do Bafo tradicional: as partidas são em dupla, duas cartas devem ficar viradas para baixo sobre a mesa, e um jogador por vez deve espalmar a mão sobre a cartinha. Quem conseguir virar primeiro, pontua. No final, quem tiver mais cartas viradas, ganha. Há um diferencial na pontuação das cartas: quem garantir mais figuras femininas, pontua mais. Isso porque a valorização da mulher também é regra no jogo dos heróis e heroínas negros. “Expliquei pra eles que nós, mulheres pretas, sempre fomos negadas, esquecidas, por isso era justo darmos um valor maior para as personagens femininas e acrescentar mais pontos às cartinhas que tem elas”, disse a professora.
 
Imagens retiradas do Blog Mulherias
 
Leia a matéria completa no endereço abaixo:
 
https://mulherias.blogosfera.uol.com.br/2019/12/20/professora-de-escola-publica-cria-jogo-de-cartas-com-herois-negros/

Notícias | Curiosidades:

Adivinhações, enigmas e paradoxos: jogos mentais que estimulam a criatividade

Minicurso sobre autoformação lúdica docente ministrado no COBESC/UFCG

Novas oficinas de jogos de tabuleiro no Ensino Fundamental da Escola da Penha

Baixe o livro: Pensamento computacional com jogos de tabuleiro para crianças

Ludosofia leva jogos africanos à Escola no mês da Consciência Negra

Clube de Xadrez e Jogos de tabuleiro para crianças e adolescentes

Warri: jogo tradicional da África ensina matemática de forma divertida

Professora cria jogo de tabuleiro para facilitar ensino de matemática em casa

É possível jogar Rugby em um tabuleiro? Neozelandês provou que sim

Peças do jogo “Cães e Porcos”, datado de 5 mil anos é encontrado na Turquia

Pensar antes de agir: o jogo de Xadrez muda a vida de jovens infratores

Jogo de RPG e ensino de História nas mãos de um professor do Ensino Médio

Jogos de tabuleiro ajudam Educadora na socialização de skatistas em Araçatuba

Pesquisador da USP cria jogo para estudar adversidades na Idade Média

Jogos de tabuleiro batem recorde de procura durante a pandemia

Jogo soviético mostra vida difícil de trabalhador imigrante na Rússia

Xadrez, Machado de Assis e uma defesa brasileira consagrada por Lasker

Professores de Colégio Público criam Jogo de Tabuleiro para sala de aula

Jogo de tabuleiro romano do século IV é achado na Noruega

Jogo homenageia Ada Lovelace, primeira programadora da história

Scrabble: jogo de palavras cruzadas bane insultos raciais e étnicos

Jogo raro do séc. XIX sobre peregrinação à Meca será leiloado

Reintegração social de jovens em campeonatos de Xadrez

Designer brasileiro cria jogos de tabuleiro para combater o coronavírus

Projeto Gipf: a premiada série de jogos de tabuleiro do designer belga Kris Burm

Quem é Ela? Jogo de tabuleiro sobre mulheres importantes que mudaram o mundo

Triminó, Xadrez triplo e Daminó Go: jogos recriados com novas dinâmicas

Tanitoluwa: menino foge da Nigéria para ser mestre de xadrez nos EUA

Jogos de tabuleiro têm aumento de uso na pandemia: bom para a saúde mental

Canal infantil do Youtube cria Jogo educativo sobre prevenção ao coronavírus

Escola de Saúde de Portugal cria projeto educativo com Jogos de Tabuleiro

Mais uma editora disponibiliza clássicos de tabuleiro gratuitos

Fatec SP disponibiliza jogos educativos gratuitamente

Marta Giardini: revelações sobre jogos de tabuleiro

Designers criam jogo sobre sumiço do papel higiênico

A nova Era dos jogos de tabuleiro na visão da Superinteressante

Cidade Curiosa: associação disponibiliza jogos de tabuleiro para imprimir e jogar

Jogo de tabuleiro “Gestão de conteúdo” é tema de TCC de aluno da UFPB

Designer brasileira cria jogo de tabuleiro infantil que ensina sobre o Coronavírus

Desenvolvedores de jogos de tabuleiro reúnem-se na Leitura em João Pessoa/PB

Jogos de tabuleiro e cartas auxiliam no tratamento de distúrbios emocionais

Vivenciamos a era de ouro dos jogos de tabuleiro

Professora cria Jogo que vira livro em Escola Pública

Jogo de tabuleiro simula startup e vira site

Cultura dos jogos de tabuleiro se consolidam em Portugal

Jogo sobre desigualdade social esgota-se em um mês

“Vida em Jogo” ensina a salvar vítimas de chuvas e acidentes

Jogos de tabuleiro ensinam nas escolas de Salvador

Professora recria Jogo de heróis negros contra racismo

Jogo de tabuleiro combate à discriminação de idosos

Jogos de tabuleiro evitam declínio cognitivo de idosos

Universidade portuguesa cria sala de jogos para estudos

Jogo de tabuleiro alerta jovens sobre crimes virtuais

Aprender matemática é para todos e os jogos podem ajudar

Jogo de tabuleiro leva educação empreendedora a escolas públicas

Demência pode ser prevenida com jogos de tabuleiro

A versatilidade dos jogos de tabuleiro sem tabuleiro

Ellie Dix: o que os jogos de tabuleiro são para pais e filhos

Cultura de jogos de tabuleiro: eurogames e americangames

Canadense deixa emprego por jogos de mesa nas escolas

Fatec Sebrae usa jogos de tabuleiro para ensinar inovação

Scrabble, o jogo de palavras mais famoso do mundo

Ludosofia visita o Museu Suíço de Jogos em La Tour-de-Peilz

Jogos de tabuleiro: popularidade crescente

Jogos populares do século XVIII na Braga Barroca

Sociedade Justa? Jogo brasileiro sobre injustiça social

Jogo de tabuleiro revela particularidades de S. Paulo

Ludosofia e os jogos de tabuleiro na Livraria Leitura

Mais de 400 novos jogos de tabuleiro no mercado brasileiro

Educar a jogar: de Portugal para o mundo

Cidade Curiosa e os bons jogos de tabuleiro de Portugal

Jogos de tabuleiro romanos na Bracara Augusta, Portugal

A simplicidade complexa do Go revela sua sabedoria

Pesquisadora diz que jogos ensinam melhor os alunos

Magic: o jogo mais complexo até para computadores

Nim, um jogo simples de muitas variações

Cidade Curiosa promove jogos de tabuleiro em Portugal

Como jogar Banco Imobiliário mudando a visão capitalista

Pythagoras, um intrigante jogo a ser desvendado

Museu na Suiça resguarda 4 mil anos de jogos

Jogo sobre Capoeira criado por aluno da UFCG

Garota nordestina é protagonista de game divertido e educativo

Antigo jogo chinês de 2300 anos é descoberto

Jogo de madeira de 1.600 anos espera ser decifrado


Ludonarrativas

Ludoestratégias

Artigos Científicos

Ludoaprendizagens

Ludoarqueologia

Ludicidades

Núcleo de Criação de Jogos (NCJog)


Revista Científica
Revista Temática

artesejogos.com.br
Ludosofia.com.br © Copyright 2019 - Todos os direitos reservados