O que todos os pais e professores precisam saber sobre a importância dos jogos de tabuleiro, não apenas no cotidiano infantil, mas na educação de crianças, o jornalista português Nuno Pedro Fernandes conseguiu resumir em um artigo de oito parágrafos, publicado no Diário do Minho, sob o título: Educar a jogar.

Mencionando, primeiro, a Educação em Portugal e a Associação Cidade Curiosa, de Braga, o texto faz, em seguida, uma profunda e assertiva reflexão sobre o potencial educativo que os jogos de tabuleiros podem proporcionar no contexto escolar e familiar.

Nuno Pedro começa com um alerta essencial: “Muitos se perguntarão, desconfiados, sobre que efeito poderão ter jogos de tabuleiro na educação dos seus filhos”. E explica que o espaço ali seria insuficiente para uma resposta mais extensa, porém, sintetiza com maestria sua propositura.

“Em primeiro lugar, é um espaço que permite às crianças brincarem, interagirem com outras crianças, com regras, mas sem preocupações de julgamentos exteriores, um espaço que proporciona a liberdade que as crianças devem ter e que as limitações de tempo atuais muitas vezes impedem” – diz o autor referindo-se a uma questão crucial enfrentada pelas crianças de hoje.

Mais adiante demonstra o teor de sua reflexão, no sentido de revelar a ação de jogar esses gênero de jogos nos processos de pensamento e de aprendizagem: “Depois, e fazendo uso da imensa variedade de jogos de tabuleiro, existentes atualmente, é um espaço que permite explorar e fazer evoluir competências tão essenciais ao crescimento da criança como o raciocínio lógico, a destreza, a velocidade de pensamento, a criatividade, a concentração, o espírito de grupo ou simplesmente o poder de observação”.

Após explicar os efeitos dessa atividade no decorrer dos dias e semanas de práticas, Nuno Pedro arremata sua reflexão com um aspecto fundamental para a dimensão social de tais atividades: “Estão a lançar-se as bases para uma nova forma, não apenas de educar, mas de colocar pais e filhos, grupos de amigos, professores e alunos, colegas de trabalho, juntos a uma mesma mesa partilhando não apenas estratégias de jogo, mas momentos que unem as pessoas, que criam laços, compromisso entre si”.

O texto completo de Nuno Pedro Fernandes pode ser lido no Diário do Minho, no endereço:
 
https://www.diariodominho.pt/2019/07/05/educar-a-jogar/

Imagens dessa matéria em Ludosofia, de Rodrigo Rebouças.